A eleição de Joe Biden e a economia brasileira
Tiago Monteiro
Ainda é muito cedo para cravar alguma coisa. Mas, certamente, o reflexo do mercado nas primeiras horas desta semana pode dar a tônica do humor dos investidores com a ratificação da vitória do Joe Biden no curto prazo.
O mercado estava “precificado” em uma vitória de Joe Biden desde a sexta-feira dia 30/10 e com o avançar da apuração dos votos e a eminente eleição do democrata, tanto a #Bovespa como o #Dólar já apresentavam as suas tendências – subida e queda, respectivamente – o que foi visto de maneira bem agressiva ao longo da sessão dessa segunda-feira.
E mesmo com o avanço da #COVID e alguns processos de novos isolamentos sociais em diversos países, o apetite pelo risco parece que contagiou os investidores, fazendo com que as bolsas ao redor do mundo trafeguem no azul e o dólar perca forças frente a uma vasta cesta de moedas internacionais, incluindo o Real.
A grande questão é – E O BRASIL? Bem, os devaneios do atual presidente da república com o ex-presidente dos EUA ficaram no passado – mesmo que nada de concreto tenha acontecido ao longo dessa “relação” Américo-tupiniquim. Hoje, temos um presidente eleito na terra do Tio Sam que é bem mais alinhado com causas ambientais e responsabilidades sociais, sem deixar o lado neoliberal da maior potência econômica do mundo e um dos maiores parceiros comerciais do nosso país.
Agora, o Planalto precisa entender que a sociedade, por mais estranha que esteja, não está mais tolerando aventureiros inconsequentes e que a conta chega, seja ela em Dólar, em Libra, em Euro, em Bitcoin e também em Real, principalmente com a taxa de juros e a irresponsabilidade fiscal praticadas hoje.
Aguardemos…
Tiago Monteiro